sábado, 5 de dezembro de 2020

Esse fardo é meu?


                                                     Por Fabrícia Moura

Nossa! Minha última postagem foi em 2017, três anos se passaram muitas coisas aconteceram, mas meu amor por Deus e meu fascínio por Jesus só aumentaram. Estamos vivendo em um momento bem complicado para o planeta, 
uma pandemia onde muitas pessoas morreram, muitas famílias desfeitas e corações em frangalhos diante de um bichinho chamado Covid-19.


Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas.
Porque o meu jugo é suave e o meu fardo é leve.
Mateus 11:29-30

Mas não vim pra falar dele hoje não, o que tem me incomodado há algum tempo é sobre "fardo", sim aquele peso que vira e mexe carregamos, sendo que a promessa da cruz foi: Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviareis.
Mateus 11-28

Porque ainda insistimos em carregá-lo, sendo que Jesus foi muito claro ao dizer isso? 
Mas sabe qual o maior problema? Carregar fardo dos outros. Sim quantas e quantas vezes sofremos pelos problemas dos outros, não digo que você não tenha que ter compaixão pelos que precisam, pelo contrário se seguimos a Cristo, temos que ser como Cristo, porém acredito que existem pessoas que escolhem jogar o fardo delas sobre nós.

Já ouviram falar do pássaro "Cuco"? Ele é um espertalhão, ele bota seus ovos em outro ninho e os deixa lá para que outro pássaro os choque e cuide deles. Sim minha gente até na natureza existem os espertinhos, ele não tem o trabalho de fazer o ninho e muito menos a paciência de sentar nos ovinhos para os chocar.

No meio humano existem vários Cucos que muitas vezes sem perceber colocam os seus fardos sobre nossos ombros já cansados de carregar os próprios, e sabe qual o nome perfeito pra isso: Ansiedade.

Doutor Augusto Cury fala muito sobre gatilhos da memória, vou citar as palavras como gatilhos, que são jogadas aos 7 ventos sem perceber ou analisá-las infelizmente, e com elas lembranças ruins surgem e nos traz de volta o fardo de sofrer por aquilo que já passou.

Sofrer por antecedência também é um fardo, e falo por experiência porque isso rouba a nossa essência, nos rouba de nós mesmos. Então o que fazer? Tapar os ouvidos? Entrar num casulo e não conviver?

Existem várias formas de deixar o fardo e viver, uma dica que sempre coloco em prática no meu dia a dia é desviar o pensamento, assim que aquela lembrança aparecer ocupe a sua cabeça com algo que a faça desaparecer.

Outra forma e que pratico muito é  "AGRADECER", em momentos de apatia que são aqueles que nos encontramos desocupados mesmo tendo vários nadas pra fazer, eu agradeço, e todas as vezes que penso que minha vida não está como "EU" queria eu agradeço, porque sei que se tivesse do jeito que queria, seria um caos.

Deus é perfeitamente perfeito, isso mesmo, tudo nessa Terra ocorre para um propósito, até o Cuco botar o ovo no ninho alheio assim sua espécie não desaparece por desleixo dele. 

Fardo todos tem o que nos torna diferente é a forma como vamos enfrentá-los e não doá-los. Viver é uma aprendizagem e Deus é o maior professor dela.

Então a dica é: observe os seus fardos, são seus? Se não largue-os e mesmos os seus, deposite-os em Cristo porque ninguém nessa Terra sabe melhor como lidar com eles. Tenha fé, isso aqui é um breve sopro pra algo muito maior que virá.

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domingo, 16 de abril de 2017

O olhar de Lúcia!

Por Fabrícia Moura


Segundo dicionário saudade é - Sentimento nostálgico provocado pela distância de (algo ou alguém), pela ausência de uma pessoa, coisa e local, ou ocasionado pela vontade de reviver experiências, situações ou momentos já passados. hoje revendo o filme Cronicas de Narnia, Príncipe Caspian, percebi uma cena muito comovente ao final, a menina Lucia ai ter que voltar para seu mundo, olha mais uma vez para trás na esperança de que Aslan dissesse: fique, aqui é seu lugar, ou mesmo dissesse você vai, mas logo logo estaremos juntos, ou até amanhã, e ao chegar em seu mundo, ela olha novamente para tras na esperança de ve-lo somente por um relance, a saudade de Deus pra alguns é somente numa cama de hospital ou momentos de dificuldade, mas sentir saudades Dele da maneira mais sútil é incrível.

Esse olhar da Lúcia me fez pensar em tantas coisas, no dia da Grande ceia como Jesus olhou para os seus, sabendo que aquela noite seria a última como homem, como olhou para Maria no jardim após o terceiro dia, como foi olhar para sua mãe Maria novamente agora como Deus ressucitado? As vezes nos meus momento de intimidade com Ele penso no seu olhar, que chega até me constranger, porque ele exala amor, paz, serenidade um amor sem exigências, sem brigas, sem trocas, um amor verdadeiramente puro, confesso que chego a ter vontade de  que tudo acabe logo para ve-lo cara a cara, mas me lembro que existem tantas pessoas nesse mundo que necessitam conhecer esse Jesus tão amoroso.

Depois de algum tempo comecei entender o porque do crente querer falar tanto de Jesus, ou querer que todos conheçam a Deus, é muito bom, e se torna tão presente que dá muita saudade, saudade de ouvir novamente Ele falando “lembra de Davi, ou de Salomão”, dá um imensa vontade de contar pra todo mundo nossas conversar, e mesmo que pareça loucura, conversas longas onde ambos falamos de tudo, rimos, choramos, ou mesmo ficamos calados contemplando nada, isso mesmo nada!

O crescimento espiritual nos torna as vezes vazios de sentimentos com Deus, somos levados a lutar, a orar, a interceder,  aprendemos tanto na palavra, com tantos livros, que esquecemos que Ele é pai, que somos crianças pra Ele, esquecemos que Ele descia todas as tardes pra conversar com Adão, que Ele falou com Moisés com austeridade, mas enfatizou Eu estarei contigo meu filho, Deus gosta de intimidade constante.

A saudade para o homem dói, porque significa uma perda, um adeus, mas aprendi que a saudade para Deus é um até logo, um calma seja forte e corajoso porque Eu venci, saudade com Deus é alegria de saber que tá perto o fim.... isso mesmo, pra alguns o fim é o fim, mas para Deus o fim é o início de  estarmos  juntos para todo o sempre.



O olhar do Aslan ao final indica justamente isso que logo, logo estaremos juntos novamente, e que a saudade dará mais vontade de falar contigo todo dia, de ser melhor a cada dia para que quando o Grande dia chegar o olhar seja não só de saudade mas de alegria por estarmos juntos novamente. Te convido hoje a dar um bom dia ou um boa noite para Deus, e te desafio a escuta-lo dizer o mesmo pra você.

Assim também vós agora, na verdade, tendes tristeza; mas outra vez vos verei, e o vosso coração se alegrará, e a vossa alegria ninguém vo-la tirará.
E naquele dia nada me perguntareis. Na verdade, na verdade vos digo que tudo quanto pedirdes a meu Pai, em meu nome, ele vo-lo há de dar.
João 16:22,23

segunda-feira, 26 de setembro de 2016

"Agora Sim"


Por Fabrícia Moura

No momento de uma guerra a hora noturna é a mais temerosa, pois é nesse momento que o soldados  estão fatigados, cansados pela exaustão do dia e é nesta hora que o exército contrário prepara sua estratégia, e de várias formas essas emboscadas são armadas.

É durante a noite que o inimigo gosta de agir, pois encontra o soldado disperso, sonolento, e ali a espreita aproveitando o bréu da noite para dar o bote, são nessas horas em que nos encontramos mais sensíveis, mais desarmados, ignorados pelo cansaço do dia, o stress das batalhas diárias, e como um lobo faminto e paciente o inimigo fica a observar, incansavelmente até encontrar uma brecha, mesmo que seja do tamanho da cabeça de uma agulha.

Há duas semanas me encontrei nessa batalha, o vigia da minha casa estava enfermo, hospitalizado, e no momento em que me preparei para o descanso do corpo físico, o Senhor com sua sutileza e sua amorosa sabedoria não me deixou dormir.

Se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que edificam; se o Senhor não guardar a cidade, em vão vigia a sentinela.
Salmos 127:1

Foi uma das madrugadas mais intensas que já vivi, e foi nessa hora que pude sentir o peso de vigiar sozinha. Várias vezes naquela noite o meu coração quis se abater e desistir, pensando que não era minha responsabilidade, eu tinha que orar só pelo meu pai que estava enfermo, pela minha mãe que estava sensível, mas o Senhor não deixou. Todas as vezes que eu virava pra dormir Ele dizia – “Ainda não” – dobrei  o joelho, me armei  em Efésio 6, cantei louvores em minha cabeça, e Ele dizia “ainda não”, então eu chorei.

Como uma criança desamparada chorei, não por medo de perder meu pai terreno,  mas por medo de não aguentar sozinha, e por tantas vezes que meu pai falava “vamos orar mais” e eu não compreendia. Foi nessa hora que vi o quanto o peso de vigiar é duro, me lembrava de Neemias tampando os buracos do muro e guerreando, não murmurei ou reclamei dessa luta, mas pedi muita força para lutar, foi uma luta intensa, contra mim mesma.

Hoje vi uma frase em que dizia que a maior luta de Paulo era nunca mais voltar a ser Saulo, e fui entender o quanto eu lutei aquela noite para continuar criança espiritual, mas não deu. Tive que crescer naquela hora, então vesti minha couraça, calcei as sandálias, coloquei o capacete, peguei a espada e o escudo, foi quando Deus me ergueu e disse – “Agora sim” .

Revesti-vos de toda armudara de Deus, para que possais estar firmes contra as astutas ciladas do diabo.
Efésios 6:11

Foi uma longa batalha de 12 horas, uma aprendizagem em que precisei deixar a criança espiritual e me tornar o vigia da casa, pela manhã ao levantar olhei-me no espelho e vi as marcas da batalha, mas com uma suavidade e com um coração tão cheio de esperança e paz, pude senti muito real a presença do Espírito Santo, a ponto de no meio da madrugada durante um cochilo Ele chamar meu nome.

 Ao final que é só início pude entender os propósitos de Deus para tudo isso, pois depois dessa noite de batalha meu pai foi liberado do CTI pela manhã. 

Orai sem cessar.
Em tudo dai graças, porque esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para convosco.
1 Tessalonicenses 5:17-18